Professores aprovam indicativo de greve


No primeiro dia da paralisação de advertência dos professores da rede estadual de ensino, três regionais propuseram uma greve por tempo indeterminado com início no dia 15 de abril. A categoria ameaça a paralisação alegando, entre outras coisas, que o Estado não sinalizou para o cumprimento do reajuste anual do Piso Nacional da Educação, que deveria ser pago já a partir deste mês.
Na próxima sexta-feira, os profissionais da educação realizam uma assembleia geral na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep) e podem aprovar a proposta de greve apresentada pelas regionais de ensino de João Pessoa, Campina Grande e Patos. Paulo Tavares, um dos diretores do Sintep, afirmou que o indicativo apenas para abril tem como objetivo dar um prazo maior para que o Governo do Estado atenda às reivindicações da categoria.
Mesmo com ameaça de corte de ponto pelo Governo do Estado, desde ontem que os 17 mil professores da rede estadual estão de braços cruzados, deixando aproximadamente 140 mil alunos sem aulas. A paralisação de advertência será encerrada hoje.
Os profissionais reivindicam melhorias na infraestrutura das escolas, realização de concurso público e um aumento salarial de aproximadamente 21%, como explica Paulo Tavares, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep): “São 15,84% de reajuste anual do Piso Nacional da Educação, mais 5% que pedimos de defasagem”.
A secretária executiva da Educação, Márcia Lucena, pediu paciência à categoria. Ela afirmou que a questão salarial dos profissionais da educação e melhorias na infraestrutura das escolas são prioridades para o Governo, mas que no momento é impossível atender aos pedidos. “Os professores têm todo o direito de reivindicar, mas foi amplamente divulgado que o Estado não tem condições financeiras de conceder reajustes. Contudo, essa é uma questão prioritária, que deve ser resolvida assim que o equilíbrio financeiro for atingido”, disse Márcia Lucena. O vice-governador, Rômulo Gouveia, afirmou estar surpreso com a greve, já que o governo esteve todo o tempo à disposição para o diálogo com os funcionários.
Outras reivindicações
Os profissionais da educação também pedem:
Realização de eleições diretas para escolha de diretores em todos os municípios, já que hoje elas só ocorrem nos municípios com mais de 25 mil habitantes.
Aumento nas gratificações levando em consideração cada escola. Hoje as gratificações variam de R$ 180 a R$ 360.
Retorno do horário corrido de 6 horas para os servidores de apoio ou concessão de vale-transporte e vale-alimentação para eles.
Nomeação dos diretores eleitos em dezembro de 2010
 
Paraíbahoje