
RIO - Entender como funcionam as leis da física, calcular ângulos, trajetórias e parábolas ficou mais fácil e divertido. O professor John Burk, de Atlanta, Estados Unidos, percebeu no jogo Angry Birds — fascínio entre os jovens — uma ferramenta perfeita para ensinar as leis do movimento de projéteis aos seus alunos. No game, que já atingiu a marca recorde de cerca de 1 milhão de downloads diários, o objetivo é usar o menor número de aves para acertar o maior número de suínos, que estão protegidos por barreiras de vidro, madeira e concreto.
Conforme Burk escreveu em seu blog , o método faz com que as crianças absorvam mais rapidamente as duas grandes ideias de movimento de um projétil: o componente horizontal do movimento é a velocidade constante, enquanto que o componente vertical diz respeito à aceleração constante.
Professor de física do Curso Maxx, Rodrigo Melo defende a mistura entre jogo e física para prender a atenção do estudante.
— Experimentos e jogos chamam a atenção para aplicação prática do que está sendo ensinado em sala de aula. Apesar de o jogo não pedir fórmulas, ele trabalha a noção de física. Quem conhece mais a matéria joga melhor — explica.

Para Rodrigo, a tecnologia é uma parceira do ensino e incentiva o aluno a estudar.
— O jogo é uma brincadeira, mas sabendo trabalhar, vira uma ótima ferramenta didática — diz ele.
Lançado em 2009 como um aplicativo para celular, o jogo hoje tem versões para todas as plataformas (Android, iPad, PlayStation 3 e no navegador Google Chrome). O sucesso é tanto que o passarinho vermelho vai até estrear nas telonas. Até mesmo um campeonato nacional foi criado para os fanáticos pelo game.
Rodrigo Gomes (rodrigo.gomes@oglobo.com.br)
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