O secretário aproveita para dizer que a greve deflagrada esta semana pelo Sintep, em conjunto com a APLP, não atinge o patamar de 100% no interior do Estado, porque muitas escolas estão funcionando normalmente. Segundo ele, o maior foco da paralisação é somente em João Pessoa e Campina Grande, pois na cidade de Patos a adesão é apenas parcial.
HOJE EM DIA É DIFÍCIL UMA GREVE COM 100% DE ADESÃO:
1º EXISTE UMA LEI QUE OBRIGA O FUNCIONAMENTO DE 30% DAS ATIVIDADES;
2º AS DIREÇÕES QUE DEVEM FAVOR AO GOVERNO, COMO A MAIORIA DAS CIDADES DO INTERIOR, POIS SÃO NOMEADOS ATRAVÉS DE INDICAÇÃO POLÍTICA, POR ISSO PERSEGUEM OS FUNCIONÁRIOS GREVISTAS, FAZENDO TERRORISMO E AMEAÇAS;
3º A MAIORIA DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO SÃO PRESTADORES DE SERVIÇO E TEMEM PELO SEU EMPREGO;
4º ESSE GOVERNO JÁ MOSTROU QUE NÃO GOSTA DE DIALOGAR COM AS CATEGORIAS.
PORÉM, MESMO COM TODAS AS DIFICULDADES ENCONTRADAS, NÃO VAMOS DESANIMAR, POIS PELA PRIMEIRA VEZ TEMOS A LEI DO NOSSO LADO, NÃO ESTAMOS PEDINDO REAJUSTE SALARIAL, NOSSA GREVE É PELO CUMPRIMENTO DA LEI DO PISO NACIONAL.
Em busca do consenso
Scocuglia diz também que desde a curta gestão do seu antecessor, Fernando Abath Cananéa (exonerado logo no início do ano letivo, em meados de fevereiro), o Governo se reúne com os professores grevistas, tentando encontrar um acordo, através do secretário de Administração, Gilberto Carneiro da Gama.
Professor concorda com piso
O titular da secretaria de Educação confessa que é a favor da implantação na Paraíba do Piso Nacional dos Professores, no valor de R$ 981,00, mas que – devido à greve – o abono salarial de R$ 230,00 não será pago este mês. Ele viajou nesta 4ª feira para Brasília-DF, onde participa do Consede – Conselho Nacional dos Secretários de Educação do Brasil.
Reposição será aos sábados
Uma certeza existe na mente do secretário: o calendário de 200 dias letivos deverá ser reposto integralmente pelos professores e funcionários das escolas grevistas, que terão que dar aulas extras aos sábados, no número correspondente ao de faltas computadas durante a paralisação, logo após o seu término, além de terem seus salários descontados na folha de pagamento a ser fechada no próximo dia 20 de maio.
A CATEGORIA DOS PROFESSORES É A ÚNICA NESTE PAÍS QUE TEM A OBRIGAÇÃO DE REPOR TODOS OS DIAS DE GREVE, PORTANTO NÃO FAZEMOS GREVE PARA DESCANSAR OU CURTIR UNS DIAS DE FOLGA, FAZEMOS GREVE QUANDO É A ÚLTIMA SOLUÇÃO, POIS DE UM JEITO OU DE OUTRO TEMOS QUE CUMPRIR A CARGA HORÁRIA DETERMINADA.
Corte diário de R$ 33,00
Cada dia descontado no contracheque significa o valor médio de R$ 33,00 a menos nos vencimentos individuais, tomando-se por base o salário mínimo de R$ 660,00, pago hoje como piso aos professores (este mês não será acrescentada a Bolsa Desempenho de R$ 230,00, proposta por Scocuglia e Gilberto Carneiro antes do início da greve, até a 6ª feira da semana passada).
AO INVÉS DE NEGOCIAR, O GOVERNO SÓ FAZ AMEAÇAS, QUEM JÁ VIU CORTAR O PONTO E EXIGIR QUE O TRABALHADOR REPONHA O DIA CORTADO?? SERÁ QUE É POSSÍVEL ?? VAMOS PAGAR DUAS VEZES, VAMOS RECEBER MENOS E TRABALHAR MAIS ?? NÃO TEM LÓGICA .
POR ESSAS E OUTRAS NÃO PODEMOS DESISTIR DOS NOSSOS IDEAIS, VAMOS A LUTA, ACREDITO QUE MAIS CEDO OU MAIS TARDE TEREMOS A TÃO SONHADA VITÓRIA.